terça-feira, 11 de setembro de 2012

Leonardo Vaz x Eduardo Mazza - Política Educacional

Debate ocorrido no dia 12 de agosto de 2012 no Antigo Blog da RF 

Leonardo Vaz(Considerações Iniciais):
Não me demorarei muito nessas considerações iniciais, apenas darei o pontapé inicial em nosso debate, sobre o tema políticas educacionais nada seria mais oportuno que falar de uma reforma no sistema educacional de nosso país.
O sistema de ensino brasileiro tem falhas graves e grotescas que fatalmente passam despercebidos, a reforma desse sistema educacional seria gradual, onerosa e certamente alguém sairia prejudicado. O primeiro a se fazer seria acabar com a aprovação de alunos repetentes, se o aluno não tem capacidade de cursar determinada série, esse aluno não deve ser jogado lá, deveria haver um acompanhamento psicológico e pedagógico, cada escola deveria dispor de recursos destinados a recuperação de alunos atrasados, um aluno que não consegue passar de ano, ou tem problemas de aprendizado ou é desinteressado. O segundo (desinteresse) caso o aluno ainda pode prejudicar o andamento das aulas, visto que este tipo de aluno certamente ao invés de estudar fica vadiando, eu não me canso de observar casos de pessoas com potencial de aprendizado latente, porém desinteressado, o que resulta na perda de não só este aluno como nos demais os quais esse desvia atenção.
A alimentação também é um determinante na avaliação de um sistema educacional de qualidade, a alimentação do colégio de ser balanceada, ao invés de distribuir bolsa miséria o governo deveria investir em uma alimentação de qualidade nas escolas, uma alimentação que possa substituir a alimentação de casa, pois ainda hoje existem pessoas que não podem se alimentar corretamente devido a pobreza, muitos alunos ainda hoje contam com a alimentação escolar como umas das principais refeições diárias. O governo gasta R$ 0,30 por aluno, isso são dados oficiais, sem contar o papa-tudo do governo, então a união enviar esse dinheiro e certamente parte dele é desviado, imagine então quando desses 30 centavos chegam aos estômagos dos alunos? Ouvir uma professora minha dizer que a escola recebia 22 centavos por aluno para merenda escolar isso deve mudar, a merenda escolar deve ser supervisionada por nutricionistas, as escolas maiores poderiam ter hortas, e por ai vai.
Aqui em Salvador é comum a escolas municipais o funcionamento destas em casas antigas, muitas vezes alugadas, no interior do nordeste a situação é ainda pior, o prédio escolar dever ser construído para ser escola, dever ter todas as instalações necessárias de modo que o ensino e mesmo o entretenimento possa fluir livremente, há escolas sem quadras, muitas escolas são desalojadas (prédios alugados). Outro fator vergonhoso é a falta de bibliotecas e midiatecas, além de coordenadores de pesquisa, a escola deve dispor de todas as armas para criar cidadãos conscientes e inteligentes, há uma generalizada falta de cultura literal no Brasil, e isso se dá por que a própria escola não propicia este hábito.
Uma coisa que faz falta são os exames de admissão que eu acho que devem retornar, os exames de admissão preparam os alunos para desafios que futuramente possam ser submetidos. O intercâmbio escola trabalho também é interessante, o envio de alunos a cursos profissionalizantes e estágios pesa muito, os alunos saem das escolas sem perspectiva alguma de emprego e isso tem que mudar, outra idéia interessante é o incentivo aos melhores alunos a monitoria, esses melhores alunos poderiam dar aulas organizar feiras de artes ou ciência. A interação da escola com outras instituições também é uma de minha idéia para a reforma do sistema educacional, convênios com universidades e instituições cientificas, incentivo mássico em artes e esporte em todas as modalidades.
Por fim a criação de mais universidades públicas e a eliminação dos vestibulares, na verdade o exame nacional do ensino médio selecionaria os melhores alunos para as melhores universidades, porém todos terão vaga garantida no ensino superior, más as políticas de cotas deveriam continuar até que essas estejam completamente estabelecidas, e seria cota censitária, cotas raciais é um insulto as etnias beneficiadas, e uma injustiça as etnias prejudicadas.
 Eduardo Mazza(Considerações Iniciais):
Olá caro Leonardo Vaz e demais leitores deste blog:
A minha tese sobre educação é altamente contraditória a do pensamento baiano apresentado pelo Leonardo Vaz que acredita que o ambiente escolar é uma espécie de instituição alimentar e de acompanhamento psicológico com se todo aluno fosse um morto de fome e problemático, quando na verdade é uma instituição de formação do intelecto e aprendizado de padrões curriculares necessários a sua formação visando o ingresso numa universidade.
Devo apresentar ainda a minha indignação sobre a idéia dele que alunos vadios prejudicam os demais colegas de bancos escolares. Isso parece refletir sua própria experiência pessoal numa escola onde a indisciplina imperou e ditou as regras devido professores frouxos e onde a maior motivação do aluno para freqüentar o ambiente escolar era a merenda dentre outras atividades nada educacionais tais como fumar maconha que causa a chamada larica, que gera por sua vez mais fome.
Percebam ainda que o Leonardo Vaz tende a cuspir no prato que comeu reclamando que a merenda não valor nutricional adequado e que certamente durante as aulas os alunos estão esfomeados sem poder com isso aprender dignamente.
Após isso ele reclama da sua região, o nordeste, e demonstra com isso uma possível intenção de migrar para o sul do país em busca de melhor qualidade de vida onde devido a sua educação lastimável não logrará êxito em conseguir um bom emprego e logo estará sendo cooptado pela criminalidade. Infelizmente isso é uma dura realidade que os estudantes nordestinos atravessam e sem saída passam primeiro a reclamar do ambiente de ensino que freqüentam e depois jamais aceitam verdade dos fatos quando é lançada em suas caras.
Essa é síntese da introdução do meu adversário. Ele reclama muito e tende a questionar a educação que recebeu se achando vítima dum sistema que embora seja deficiente na qualidade não é esse sistema desumano que ele prega.
O primeiro ponto que quero abordar dentro do tema Políticas Educacionais é que a família tem um papel inicial na formação do futuro cidadão que começa a ser cidadão quando ingressa no ambiente educacional sadio e com estrutura matéria e humana adequadas ao seu grau de prévia instrução.  

Eduardo Mazza: 
Muitos alunos ingressam no ambiente escolar ou aquém ou além daquilo que suas capacidades de aprendizado podem lhe beneficiar. Os que mais sofrem nesse caso são os alunos com prévio aprendizado fruto duma família onde o valor dado a cultura de qualidade está presente.

Ao contrário disso temos alunos que estão aquém de aprender algo previamente e quando ingressam no ambiente escolar parecem que entram num mundo sem sentido onde tudo aquilo não faz o menor sentido para sua vida. Esse segundo grupo de alunos são fruto de famílias que não incentivam a cultura e que na maioria das vezes tem como objeto educacional dentro da própria casa um aparelho televisor.
Misturar essas duas realidades distintas numa mesma sala de aula é permitir o primeiro impacto dum aprendizado que gere desinteresse e não uma educação que permita vazão ao real potencial de cada aluno.

Podem surgir algumas críticas sobre esta abordagem, até porque esta visão é um tanto drástica, mas infelizmente é algo que devemos considerar para formar num estágio futuro do aprendizado um nivelamento e interação entre esses dois grupos que no final do ciclo de aprendizado educacional devem se tornar membros duma mesma sociedade.

Para adequar mais ainda esse ciclo de aprendizado essa mesma medida deve ser aplicada aos educadores. Isto significa que os professores com menor capacitação e experiência devem trabalhar no mesmo ambiente com professores mais graduados e experts para que o clero educacional seja também nivelado em algum momento.
A educação estatal é sem dúvida onde tudo isso deve ser aplicado de forma coordenada tendo em vista o seu déficit de qualidade com instituições privadas onde alunos e professores muitas vezes formam um grupo hegemônico ligado a determinada camada social.
A relação que se forma a partir desse ponto é a de transferir aos alunos dos centros educacionais estatais uma elevação do seu nível cultural capaz de estar a curto e médio prazo nivelado com a educação proporcionada para a elite dominante.

A diversidade social pode começar a ser erradicada através desse sistema onde os alunos das camadas sociais menos abonadas tem o mesmo acesso a cultura da sociedade como um todo visando formar uma sociedade mais equalizada no seu nível cultural.

Quando a escola de base tiver essa metodologia aplicada de forma plenamente efetiva teremos sem dúvida uma política educacional de qualidade que possibilite uma integração verdadeira entre a cidadania e a conquista de igualdade de condições na sociedade. Todo esse processo sem menor dúvida começa no ambiente escolar.
 Leonardo Vaz:
Caro Adversário, em primeiro lugar desculpe o atraso, sabemos que no Brasil as coisas funcionam de forma diferente, somos um país inculto (não sei se essa é a palavra correta) o que postulei acima foi uma tratado sobre reforma do sistema educacional brasileiro, e no Brasil a educação familiar é praticamente inexistente o que despedaça sua contraproposta em parte, porém concordo que essa prática venha ser útil a posteriori, mas no Brasil não dá educação familiar aqui é como você mesmo disse, televisão na sala, e eu ainda adicionaria coisas piores a lista, então acredito que em determinado prazo a escola ser uma unidade psico-pedagógica.
Sobre suas críticas as políticas de alimentação apresentadas em minha tese, você esquece que a miséria ainda é realidade no Brasil, até mesmo nos grandes centros urbanos, bilhões de reais são desperdiçados com bolsa família que poderiam ser revertidos não só numa melhor qualidade da merenda escolas como na distribuição de alimentos a famílias de baixa renda credenciadas, você dá dinheiro ao pobre, não sabe para onde vai para muitas vezes vai para nos bares e botecos. Sou a Favor da eliminação dessas bolsas vadiagem com esses fundos sendo revertidos em parte na melhora da alimentação na escola. Eu sou testemunha ocular de casos onde mulheres engravidam para receber benefícios do governo e com isso comprar bem de consumo, como móveis e até mesmo motocicletas, no interior do nordeste isso é comum, e as crianças ficam largadas. Com uma política de alimentação balanceada nas escolas, poderíamos resolver esse problema, além de reduzir a taxa de natalidade, pois muitas gente como já disse tem filhos para receber esses benefícios do estado, beneficio que são usados pelo governo como compra de votos indiretas.
Não tenho intenção de migrar para o sudeste mais os padrões da educação pública nordestina deixam a desejar, eu não fui tanto vítima desse sistema por que busco conhecimento por outras fontes além da escola. As escolas também têm bons professores, o problema é estrutural e reside no ensino fundamental onde alunos passam sem base alguma, eu mesmo passei pro primeiro ano com péssimas notas em matemática, melhorei muito o hoje pretendo cursar licenciatura em física na UFBA, fui aprovado na Uesc para o curso de bacharelado em física, então eu aproveitei o que foi passado na escola, o ensino médio tem problemas, mas não é lá que reside o problema maior, o grande problema do Ensino Médio é a falta de convênios com empresas e instituições cientificas e de ensino superior, além do número demasiadamente baixo de aulas e laboratórios sucateados.
Não entendo sua indignação diante a minha proposta de que a escola disponha de um profissional de psiquiatria para ajudar no doutrinamento de determinados alunos, alunos vadios prejudicam o aprendizado pois são baderneiros e incitam ou outros a baderna, o ser humano tem alta tendência a criar situações desse calibre, temos que ainda ter na escola a presença de profissionais de segurança preparados para qualquer situação, e não só um porteiro abrindo e fechando o portão da entrada.
 Eduardo Mazza:
 Na réplica o meu adversário fez questão de dramatizar situações como miséria, taxa de natalidade, e fez questão de insinuar que toda e qualquer escola pode ser um palco de massacres como aquele colégio do Realengo no estado do RJ e que por isto há uma grande necessidade de psiquiatras no ambiente escolar.
Resumindo ele acredita que a escola é uma instituição cheia de loucos e miseráveis que aprendem a não usar camisinha e que por isso a taxa de natalidade é grande. Designou ainda mais uma vez o assunto alimentação como um fundamento de suas premissas ocas e vazias como se fosse uma pauta do Jornal Nacional.

Jorrou das linhas escritas por Leonardo Vaz preconceito contra as famílias que dão à sua prole uma educação saudável no aspecto mental e afetivo, preferindo ele que as famílias eduquem seus filhos através da TV Globo.
Criticou com certa propriedade o Bolsa Família e Bolsa Escola que na visão dele servem como forma de manutenção da demanda de cachaça nos botecos nordestinos, visto que no nordeste grande parte das famílias se inscrevem nesses programas de assistencialismo coronelista não para mandar seu filho para escola, até porque falta investimento governamental nas escolas do nordeste, e a bolsa serve como forma de manter a clientela política servido o poder como curral eleitoral, além de nutrir a vadiagem que impera no interior do nordeste onde não há emprego de qualidade e nem mão de obra qualificada como resultado duma educação de péssimo nível.
Contrastemos isso com o a região sudeste, sul e centro-oeste do Brasil, que são os estados produtores de riquezas e não os estados indolentes que consomem através de programas assistenciais os altos tributos pagos por aqueles que mesmo tendo cursado escolas públicas de baixa qualidade demonstraram-se pessoas que como diria o hino nacional “não fogem à luta” e trabalham e buscam estudar em instituições de ensino técnico e investem o dinheiro em cultura e educação mesmo que seja através de instituições particulares. 
 Eduardo Mazza:
Passo a questionar o caro Leonardo Vaz o seguinte: O que ele entende de política educacional na verdade? Até agora todos leram ele escrever cópias de pauta do Jornal Nacional sem delimitar uma política pública efetiva como, por exemplo: plano de carreira federal para os professores que ele ainda tem a desfaçatez de dizer que são mal preparados como se isso fosse uma grande novidade.

Não teve a visão de mencionar piso salarial adequados aos professores como forma de balancear os projetos assistencialistas como PROUNI e Bolsa Escola que hoje na verdade como o próprio Leonardo Vaz confirma serve como meio de manutenção de vadios e vadias que engravidam a torta e direita sustentando o clientelismo político ainda mais no nordeste e com isso está aumentando a margem de votos de cabresto, até porque o Bolsa Escola é pago até a faixa etária de 17 anos que visa fazer o cidadão que com 16 anos já pode votar em cliente daquilo que ele mesmo taxou de Bolsa Vagabundagem em prol do partido que alimenta essa sanha.
Com toda essa bagagem de argumentos fica claro que a minha tese inicial de que deve haver uma diferenciação dos alunos provenientes de famílias incultas com os das cultas se torna concreto. Os alunos oriundos de famílias assistidas pelos programas assistenciais são estatisticamente os que fazem declinar o percentual de estudantes que ingressam nas universidades por mérito cultural e pedagógico devido facilidades dos regimes de cotas e Prounis que estão à solta Brasil a fora.

Do outro lado temos os alunos que receberam cultura prévia e que tem por natureza social valorizar o estudo e meritocracia de acordo com resultados pedagógicos e acadêmicos. São estes que não dependem de projetos sociais e sim da sua própria capacidade para galgar tanto maior desempenho no ciclo educacional como conquistar melhores condições sociais e laborais após findar seus estudos; ao contrário da primeira classe citada que é de onde surge a evasão escolar.
 Eduardo Mazza:
O problema educacional apesar de ser um problema estrutural onde pesa a culpa da falta de investimento estatal é ainda uma questão de ordem pública sobre a qualidade da cultura transmitida de geração para geração acerca da valorização da educação de acordo com o ponto de vista social de desenvolvimento duma nação.
A política brasileira padece de certos colonialismos que são irradiados para o campo educacional onde o pobre ou casta de baixa renda deve sempre esperar as benfeitorias e assistências da classe rica ou camada elitizada para ter algum direito. Isso é a prática brasileira embora a Constituição Federal imponha direitos sociais e de dignidade a todos de forma igualitária a qual não funciona na prática social e ainda anda devagar no campo econômico, até porque a classe baixa quando ascende investe em moradia, saúde e bem estar pessoal e não coloca muitas vezes a educação em primeiro lugar na lista.
Esta verificação reflete o problema estrutural me diversos setores, mas reflete mais ainda a falta de cultura de valorizar a educação acima de qualquer outro problema de ordem estrutural.

De acordo com isto a minha visão é que se o estado for forçado a conceder aquilo que já é de direito da sociedade, a política de projetos assistenciais como o que vemos hoje deve ser extinta, até porque nutre uma danosa relação de apadrinhamento político e desvalorização do empenho acadêmico individual.
Espero que o Leonardo Vaz tenha na sua tréplica respostas concretas sobre a minha réplica e com isso possibilite o debate mais focado sobre o que é a uma política educacional e não apenas uma recitação de tudo que já sabemos com base na mídia e opinião geral social.
 Leonardo Vaz:
O que quero porpor? mudanças gerais oras ! um problema leva ao outro, é tudo hierarquizado, o problema do desenprego torna as familia desestruturadas, quem é felíz sem ter os direitos básicos? que vai ter condições de dár a sua família uma base cultural, se eles estão ocupados sobrevivendo, sequer tem o ensino médio completo nem estudo algum, pro conseguinte o problema escola gera este problema, e este problema gera o problema escolar.Nós sabemos, claro, que há outras fontes de propagação, mas esta é vísiel a todos, então não podemos simplesmente exigir uma educação familiar se ela inexiste nesse país, temos que resolver esse problema na escola, não dá para enfiar cultura goela abaixo nas familias brasileiras, em que a culturas da esperteza entre outra, impera, não é simples como o senhor faz questão de enfatizar.
Você diz que eu afirmo que a escola é uma instituição cheia de loucos, correto! se não forem loucos, são cabeças-vazias, há muitos alunos que vão por ir, alias não sei por que vão, hoje certificado de conclusão do ensino médio é dado a qualquer um, há um interesse do governo em distribuir esse documento que outrora foi simbolo de conquista, de vitória, hoje é só um papel que a gente usa para conseguir emprego, há também os alunos-caderneta, que só existem na caderneta, na minha escola existem salas com 40 alunos onde só 20 e poucos frequentam, por que? para conseguir o Salvador card, cartão de meia passsagem para estudantes, isso vai ser ensinado posteriormente a seus filhos, que poderam seguir o mesmo exemplo.
Nunca afirmei neste debate que preferia que as famílias deixassem a educação de seus filhos a cargo da televisão, acontece que é isso que ocorre, os filhos do Brasil são criados em familias desestruturadas, more em uma favela por determinado tempo e verá sobre o que eu falo, crianças de 7, 8 anos que só pensam em pornografia, não estou generalizado, há também familia estruturadas sim, mas a maioria largam os filhos ao deus dará, ou simplesmente acham que a única obrigação deles é alimenta-los, a educação fica a cargo da televisão, eu fiz uma descrição do que acontece, no interior a situação é pior onde filhos são sinônimo de assistencialismos govenamentais excurzos, mas que são vistos pela população como benfeitorias.
Você fala muito em cultura familiar mais está mais que provado que ela praticamente inexiste no Brasil, sim é correto seu raciocínio de que alunos de famílias cultas certamente serão bem sucedidos num sistema meritocrático, mais esse alunos de famílias cultas, em grande parte são descendentes da classes privilégiadas desde que o Brasil é Brasil, então sempre tiveram oportunidades em todas as esfera sociais (sem generalizações) de outro lado temos os alunos incultos, que só serão bem sucedidos em sistemas excurzos de benfeitorias governamentais, ou pelo suor de seu trabalho poderão garatir a seus descendentes melhores condições de vida, mas, a maioria dos brasileiros preferem o asistecialismo, então desde o inicio venho propondo a tranferência dessas beifeitorias a escola, por que, querendo ou não a condição de vida do Brasileiro está melhorando, mas de forma errada, a cultura deve emanar da escola para o cidadão pobre, pois este em sua maioria é incapaz de fazer isso sozinho, o povo não se corrige sozinho isso é um fato.
Concordo com suas afirmações sobre a qualificação dos professores em todas as diretrizes por ti apresentadas.
Resumindo, o problema educacional não será resolvido até que que os problemas siciais se resolvam, então por que não começar a resolver esse problemas a partir da escola, preparariamos a escola para cria o que ela foi programada para criar, cidadãos concientes e cultos, façamos isso a qualquer custo.
 Leonardo Vaz:
(Corrigindo)Resumindo, o problema educacional não será resolvido até que que os problemas sociais se resolvam, então por que não começar a resolver esses problemas a partir da escola, preparariamos a escola para cria, e o que ela foi programada para criar? cidadãos concientes e cultos, façamos isso a qualquer custo.

Eduardo Mazza:
O maior recurso educacional que temos em mãos é o recurso humano de aprimoramento da forma de pensar e agir, e indo, além disso, o de gerir os processos educacionais de forma mais orgânica.
Não adianta dar a melhor instituição de ensino aos alunos e professores do ponto de vista estrutural se eles não serão capazes de explorar minimamente o potencial de carregam em si mesmos.
As condições que devemos implementar são a do acesso a mesma forma de pensar daqueles que estão com a educação em nível elevado e por conseqüência disso com rendimento escolar, cultural e social em patamares mais elevados.
Uma política de educação é uma educação política também, no aspecto de perceber qual é a melhor forma de fazer que o aluno tenha voz no diálogo social se conscientizando do seu papel político dentro da escola e sociedade mais futuramente.
Previsivelmente todos sabem que o ambiente escolar é o seminário dessas relações de como pensar, de como fazer e de como agir em sentido social e político que após anos de estudo são colocados em práticas na sociedade na participação efetiva do ex-aluno como cidadão.
O que não é destacado é que há uma necessidade de inovação e que esta cultura de fazer diferente deve sempre estar sendo otimizada no celeiro de pensadores que é a instituição de ensino provocando a inteligência do aluno para que ela se torne um produto não de luxo para alguns bem educados, mas sim um artigo de transformação social de posse de todos.
No Brasil que pensa ainda dentro dos moldes colonialistas quando o assunto é ensino público e onde cultura de qualidade é destinada a quem se priva de canais da mídia de massa buscando as escassas bibliotecas e livrarias, dentro desse cenário percebemos infelizmente que a única forma ainda possível duma real mudança de política educacional é a individualista onde o indivíduo ciente de sua necessidade quebra o paradigma e investe na sua própria educação por si mesmo.
A educação de qualidade não pode continuar sendo um direito advindo do foco da economia da sociedade, até porque isso transforma o chamado direito social de educação e de igualdade de condições numa mercadoria que apenas mantém desigualdades históricas.
Aguardo as observações do Leonardo Vaz.

Eduardo Mazza:
Parece que o Leonardo Vaz se redeu aos meus pontos de vista que estão de acordo com uma visão ampla da realidade do sistema social e político que influencia diretamente a educação nacional.
Em resumo ele possui a mesma visão sem o refinamento necessário para expor de forma mais qualitativa sua percepção de que a escola é um ambiente de capacitação para cidadania.
Apesar de valer-se de idéias pré-concebidas o Leonardo Vaz é um dos muitos que tem consciência de que a educação deve receber melhores condições para desbocar numa sociedade mais justa e menos desigual. No entanto, o silogismo dele não decorre totalmente, até porque ele parece crer apenas que os problemas educacionais estão estritamente ligados com os processos sociais da massa, sem pesquisar a índole individualista e humana que decorre da questão isso se torna algo excessivamente segmentado a uma só posição.
Para adentrar de forma mais incisiva nesse tema eu recordo a citação de Jean Piaget que ilustra uma grande verdade acerca do processo educacional: “O principal objetivo da educação é criar pessoas capazes de fazer coisas novas e não simplesmente repetir o que outras gerações fizeram.” Esse modelo de pensamento de Piaget é um dos focos da questão, até porque o desenvolvimento social passa obrigatoriamente por mudanças na forma de pensar e fazer as coisas de acordo com a necessidade temporal de cada período.
A política educacional brasileira segundo a visão do Leonardo Vaz significa apenas condicionar as estruturas materiais para melhor atendimento do aluno com merendas e até mesmo atendimento pisco-afetivo ou melhores livros didáticos. Isso na verdade é uma cultura de país que deseja permanecer no status quo no campo da educação. Para melhorar a condição uma empresa sabe-se que não é necessariamente o investimento em maquinário que vai fazer esta mesma empresa avançar em competitividade. O elemento humano é sempre o fator preponderante de qualquer mudança seja ela social ou educacional ou em que setor for.
Leonardo Vaz(Considerações Finais):
Serei breve em minhas considerações finais
Politica educacional não é um tema muito complexo, é extremamente fácil dissertar sobre e as divergências ideológicas são raras, acredito que a maioria do debatedores desta comunidade tenham pontos de vista semelhantes então pensei em expor os problemas e suas respetivas soluções. Acredito que estou correto na maioria de minhas considerações, concordo plenamente com tudo que senhor Mazza disse, porém busquei mostrar que os problemas existem, e a unica forma de resove-los é modificando um pouco da estrutura correta da escola, o próprio mazza postulou a forma correta de como a escola deve ser, entretanto será que o Brasil está preparado? minhas idéais foram postuladas nos textos anteriores, e eu acredito que ou fazemos isso, ou teremos milhares de formados em universidade particulares, e um elevado percentual de cidadãos que não entende o que é ler.
As gerações se formam nas escolas, lá e o único local onde podemos mudar algo, onde o problema pode ser amenizado e posteriormente resolvido, peço que o Sr Mazza reflita sobre o que eu tentei afirmar durante todo o debate, não é só material didático e sim pedagogos altamente qualificados, não falo de qualificação científica, e sim qualificação pedagógica, diminuam a carga de aulas para o professor, assim ter tempo para realizar atividade mais dinâmicas e ainda teremos mais vagas para outros professores, o lúdico atrai as pessoas, o que observamos nas escolas não são professores relaxados ou desqualificados, vemos professores cansados, e alunos entediados.
Eduardo Mazza( Considerações Finais ):
Nesse debate falei muito sobre os alunos serem uma das razões centrais em que a política educacional nacional deve se pautar para modificar suas diretrizes. O outro personagem dessa situação é o professor que muitas vezes é um elemento que em nada contribui para a educação, embora ele seja necessário ao sistema de ensino.
Quero deixar bem claro que meu intuito não é provocar os professores, mas sim, trazer a realidade ao aluno que algum dia possa se tornar um profissional deste tipo.
Vamos começar falando sobre o que o aluno enxerga nos dias de hoje, mas não se deu conta de que está sendo enganado o tempo todo por uma quadrilha de professores que não ensinam nada e fazem o aluno perder seu tempo e juventude com inutilidades acadêmicas e educacionais apenas para cumprir o padrão social de ensino público
1º O aluno não escolhe suas matérias. Você acha justo se você quer ser professor de educação física, mas tem que estudar matemática, português, química, e muitas vezes você é reprovado por causa destas disciplinas, sendo que você sabe que isso não servirá no seu futuro, ou que servirá minimamente, já que você será professor de educação física? Seria um atraso na sua vida estudar e aprender algo que no restante da sua vida não iria utilizar.
Claro que isso também se aplica a qualquer outra matéria
este foi um dos exemplos apenas.
2º O professor quando começa sua profissão, é todo "certinho", corrige os trabalhos, lê um por um, verifica os erros nas redações e
tudo mais, mas com o passar de pouco tempo, o professor corrige a prova de um aluno, e lhe dá uma nota baixa que o reprova. O aluno vai reclamar com o professor e este modifica a nota para uma nota bem maior do que ele realmente mereceria aprovando o aluno pelo simples efeito do aluno ter batido o pé. O que se entende sobre essa situação? 1º O professor não conferiu bem as respostas; 2º O aluno estava certo, e segundo ele, o aluno foi apenas direto, explicou, mas esqueceu de fazer uma resposta melhor e deste modo compreende a matéria e deve ser aprovado mesmo tendo dado uma resposta insatisfatória de acordo com a pedagogia e levando em conta as respostas dos alunos mais aplicados.
Eduardo Mazza:
Que fique claro que o aluno, não deve compactuar com esse sistema porco adotado pela educação brasileira, até porque isso é brincar com a vida do próprio aluno.
Se essa prova que eu falei acima fosse uma prova que dependesse a aprovação do aluno no ano letivo, e o professor a trata como lixo, o aluno
poderia ser reprovado por causa de um desleixo de seu do seu professor ou aprovado por um professor sem pulso e moral.
3º- Para que estudar? Resposta imediata e básica de qualquer ignorante no Brasil: "Para ser alguém na vida". Isso é uma visão limitada. Limitada pelo fato de que se não existisse escola, ensino, professores e matérias a sociedade providenciaria outro sistema de "ser alguém na vida". Como exemplo: Se tornar uma celebridade de TV com um corpo bonito, mas com merda nenhuma na cabeça.
Isso é ser alguém na vida? Sim, para a sociedade brasileira isso é “ser alguém na vida”. Caso contrário todos nós deveríamos estudar filosofia por exemplo, matéria chata, e que precisam de bons professores pra fazê-la ser interessante na mioria das vezes. Do contrário, deveríamos nos perguntar: Mas por que não haver o auto-conhecimento didático?
Ser alguém na vida é uma visão que limita o aluno, professor e sociedade, até porque que visam princípios que hoje nos impõem a achar que é correto a se fazer e como ser. Perceba que hoje nas escolas a novela é reproduzida na realidade.
Isso me causa nojo, até porque compactuar automaticamente com esses pensamentos disseminados na mídia em diversos meios de propaganda, música e TV é no fundo muita ingenuidade e falta de raciocino lógico bem formado para questionar alguma coisa na vida, quanto mais para aprender algo no sentido intelectual como supõe-se que o ensino público seja capaz de ensinar.
Na minha vida fui aluno e fui professor. Sei do que estou falando espero que você jovem saiba o que esta fazendo, até porque ao contrário do que dizem e pesnam, a pior época da nossa vida é fase escolar. Você um dia irá morrer, e não terá aproveitado boa parte da vida, por que esteve ou estava na escola.
Eduardo Mazza:
Testemunho que eu me arrependo de ter estudado tanto, me martirizar em cima de livros sabendo que podia estar aproveitando cada momento da vida, até porque a tal vida é bem curta.
Que fique a indagação: Você aluno vai continuar sendo um escravo deste sistema? Sendo que você sabe que aquilo que é bom para a sua vida está mais fora da escola do que dentro dela. Vai tomar alguma atitude contra ou permanecer sendo enganado até mesmo por si mesmo?
Lembrando mais uma vez que os culpados de tudo não são os professores, até porque eles podem ser bons amigos, e tudo mais. Infelizmente, como muitos outros, os professores de hoje foram enganados pelo sistema, eles nem tem culpa de não terem percebido essa armadilha que o sistema nos impôs para formar uma sociedade castrada intelectualmente e com sentimento de inferioridade levando a crer que o ensino de qualidade seria a única solução para todas as pessoas e todos os problemas sociais.
Em resumo não tem uma política educacional que irá mudar a cara desse país por melhor que ela venha se tornar. Quem muda as coisas são pessoas que lutam contra as injustiças ocasionadas pela corrupção e pela falta de respeito mútuo. Tenham elas diploma ou não.