Crônicas da cerveja metafísica
Após o entusiasmo inicial ele se acalmava um pouco, ganhava fôlego e continuava:
Interessante que vemos uma fração ínfima da realidade e nomeamos 'realidade' como se fizesse sentido arrancar uma farpa de madeira da mesa e dizer: "-Olhe a mesa!"
Lógico que sabemos que uma farpa de madeira retirada da mesa não é uma mesa.. e no entanto t0dos os dias as pessoas comuns se referem as coisas a sua volta como sendo 'a realidade'..
"Não se dão conta de que estão na membrana da célula de um hipotético ser cósmico, não se dão conta que somos bactérias no corpo do universo. Imagine uma bactéria ou vírus na barriga da pulga do cachorro olhando para as paredes internas do ventre da pulga do cachorro e achando lindo o 'firmamento'..
Somos nós olhando a imensidão do espaço á noite acreditando que estamos vendo algo grandioso.."
E isto foi concluído após poucas doses de tequila somadas a algumas cervejas no bar do Domingo, Domingo era um tiozinho afrescalhado que gostava de conversas de bêbado, até incentivava. Desse modo não é de espantar que aparecessem filósofos por lá..A filosofia barista é algo bastante comum em nosso país.
Alberto gostava de tomar umas e 'viajar' um pouco, mas ele não era nenhum alcoólatra..
Alberto só bebia no Domingo.
Claro no Bar do Domingo. Todos os dias ele aparecia no Bar do Domingo..
*Nota: Espectro visível (ou espectro óptico) é a porção do espectro eletromagnético cuja radiação composta por fótons, pode ser captada pelo olho humano. Identifica-se esta radiação como sendo a luz visível, ou simplesmente luz. Esta faixa do espectro situa-se entre a radiação infravermelha e a ultravioleta. Para cada frequência da luz visível é associada uma cor.
O espectro visível pode ser subdividido de acordo com a cor, com vermelho nos comprimentos de onda longos e violeta para os comprimentos de onda mais curtos, conforme ilustrado acima ou nas cores de um arco-íris. Os comprimentos de onda desta radiação estão compreendidos entre os 700 e os 400 nanômetros.
O espectro visual varia muito de uma espécie animal para a outra. Os cachorros e os gatos, por exemplo, não veem todas as cores, apenas azul e amarelo, mas de maneira geral, em preto e branco numa nuance de cinzas. Nós humanos vemos numa faixa que vai do vermelho ao violeta, passando pelo verde, o amarelo e o azul. Já as cobras veem no infravermelho e as abelhas no ultravioleta, cores para as quais somos cegos. Mesmo entre os humanos pode haver grandes variações. Por isto, os limites do espectro ótico não estão bem definidos.
Pessoas daltônicas costumam ter dificuldades em visualizar cores contidas em certas faixas do espectro.
Luciano Alonso
