Devo confessar que meu trauma começou com O Anticristo do Nietzsche, peguei o livro para ler, com extrema boa vontade...
Percorri cinco capítulos com o Nietzsche falando mal dos outros... neste ínterim fiquei tentando saber inutilmente qual era a tese dele...
Pensei já bastante contrariada, que ele tinha passado cinco capítulos desqualificando a ideia dos outros (e os outros também), o quanto eu poderia ter sido poupada deste impropério, se ele simplesmente tivesse falado da sua ideia, e caso eu achasse procedente, poderia somar as observações dele as minhas, e lapidar meu conhecimento... (a começar que prefiro pensar por mim mesma... ele falando mal é indiferente, pois prefiro tirar minhas próprias conclusões).
Desde então não suporto... reforço que realmente não suporto, quando alguém perde seu tempo, falando mal da ideia do outro, ao invés de falar diretamente o que pensa...
Observem que quase sempre, quando isto ocorre, no final ninguém disse nada, ficou um dizendo coisas sobre o que despreza no outro, mas sem dizer absolutamente nada sobre o que pensa de fato, o que acha de fato, qual o caminho etc e tal...
São páginas e páginas que me causam desconforto, enleios que não traduzem nada e não dão resposta para coisa nenhuma... um discurso assim acaba sendo tão dispersivo em ataques, que esquecem lamentavelmente o foco da discussão... ziguezagueando por caminhos que não levam a lugar nenhum, de conceitos que não são ditos, pois estavam ocupados demais em desdizer o conceito do outro...
E pior atacam o interlocutor ao invés da tese.... Trágico!!!
Isto justifica plenamente o fato de alegarem que a melhor crítica social da atualidade, esta em um desenho animado (South Park), ao invés de estar em um livro de filosofia, ou de ciências sociais...
Não espalhem mas as informações mais procedentes e as críticas mais fortes que conheci na minha vida foi através de HQs.... V de Vingança que o diga!... (Marise Muniz)